Já deve ter ouvido mais do que uma vez que “ir a um psicólogo é uma loucura”. Este, entre muitos outros, é um dos mitos mais difundidos sobre psicologia. Abaixo, vamos olhar para as principais crenças falsas que foram construídas em torno dos cuidados psicológicos e da figura do psicólogo clínico.
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O que é um mito psicológico?
Um mito psicológico é aquele conceito errado que se generalizou na sociedade sobre a psicologia e os cuidados prestados pelos psicólogos clínicos. É uma concepção que é entendida como verdadeira quando é falsa ou não corresponde de todo à realidade.
Especificamente, a psicologia é um dos campos onde a maioria dos mitos foram gerados, daí o estigma que envolve a profissão e o facto de frequentar a terapia psicológica.
7 mitos de psicologia que precisa de conhecer
Tradicionalmente, a ideia de frequentar a terapia tem sido mal interpretada e criticada na sociedade. Felizmente, nos últimos anos, este cenário tem vindo a mudar e a saúde mental tem agora maior importância e reconhecimento.
No entanto, apesar dos avanços, ainda existem falsas crenças sobre ir a um psicólogo. É por isso que hoje estamos a desmascarar sete mitos sobre psicologia a fim de quebrar certas crenças erradas sobre psicólogos clínicos e o bom serviço que eles oferecem aos pacientes.
1. “A terapia psicológica é para aqueles que são loucos”
Ir a um psicólogo é para pessoas loucas” ou “pessoas que não estão bem da cabeça” é uma crença generalizada que, durante anos, contribuiu para criar uma má imagem dos psicólogos e da própria psicologia clínica.
É importante que fique claro que esta especialidade trata da saúde mental das pessoas, como o fazem outras disciplinas no campo dos cuidados de saúde. Tal como vamos ao dermatologista quando temos um problema de pele, ou ao oftalmologista para que a nossa visão seja verificada, é igualmente necessário procurar aconselhamento profissional em questões como a gestão emocional e o bem-estar mental.
2. “Ir a um psicólogo é para os fracos”
Outro dos mitos mais difundidos em psicologia é a crença de que só as pessoas vulneráveis e sensíveis vão aos psicólogos. Nada poderia estar mais longe da verdade. Ir à terapia é para pessoas corajosas e inteligentes que sabem reconhecer quando precisam de ajuda para gerir as suas emoções, melhorar o seu humor e conhecer-se a si próprias em profundidade.
3. “Não acredito em psicologia, não é uma ciência
Ao contrário do que muitos acreditam, a psicologia é a disciplina científica que estuda o comportamento humano e os tipos de emoções. Portanto, a psicologia é uma ciência que, tal como a biologia ou a medicina, aplica o método científico. Utiliza também a análise de dados qualitativos e quantitativos para validar e melhorar as formas de diagnóstico, prevenção e tratamento psicológico.
4. “O psicólogo pode saber o que eu penso”
Como todos os outros profissionais de saúde, os psicólogos são verdadeiros heróis para promover a nossa saúde mental, mas isso não significa que tenham superpoderes. Não, eles não conseguem ler mentes. Eles podem observar e fazer hipóteses, mas não têm o poder de saber exactamente o que pensamos, queremos e sentimos. De facto, é necessário que o paciente explique como se sente e o que o preocupa, para que os especialistas possam aplicar a psicoterapia adequada aos seus objectivos e necessidades.
5. “Se eu for ao psicólogo, ele julgar-me-á”
Um psicólogo está lá para ajudar, não para fazer juízos de valor. Portanto, este é outro dos mitos da psicologia que precisa de ser desmistificado. O terapeuta guiará o paciente através de critérios profissionais e objectivos, procurando sempre melhorar o seu bem-estar, segurança e equilíbrio emocional. Da mesma forma, este profissional tentará fornecer as ferramentas necessárias para que a pessoa possa tomar o controlo da sua vida e saber tomar o caminho mais adequado.
6. “O psicólogo não me pode ajudar se não tiver vivido a mesma coisa
Um psicólogo clínico tem um profundo conhecimento e experiência no diagnóstico e tratamento de distúrbios psicológicos e problemas de saúde mental. Portanto, não é necessário que ele ou ela tenha experimentado o que um paciente está a sentir ou a preocupar-se, porque em qualquer caso, ele ou ela será capaz de fornecer os recursos necessários para ultrapassar os obstáculos que são colocados à sua frente.
7. “A hipnose pode controlar a minha mente”
Certamente não é a primeira vez que se ouve dizer que um psicólogo pode hipnotizar a mente e fazer-nos dizer ou fazer coisas contra o que gostaríamos. Esta é mais uma crença errónea em psicologia clínica. A hipnose é um estado semelhante ao sono, em que a mente subconsciente é acedida através de sugestão para encontrar a raiz de um problema e encontrar a melhor solução. Mas isto não significa que com esta técnica o psicólogo clínico possa manipular a mente ou dirigir pensamentos ou acções.